: dos mujeres
que admiro





01: ¿Quién le teme a Clarice Lispector? Los hombres. Los hombres temen (y por lo general denostan o invisivilizan) la literatura de la que muy probablemente sea la mejor escritora latinoamericana de todos los tiempos (incluidos escritores y escritoras). La prosa de Lispector no le pide nada a la de Lezama, por ejemplo, y está mucho más cerca del genio y de la sensibilidad de Joyce y de la Woolf.

Clarice Lispector, nascida em 10 de dezembro de 1920 e falecida em 9 de dezembro de 1977, é uma escritora brasileira de origem judia, nascida em Tchetchelnik, Ucrânia. Os pais emigram para o Brasil quando ela tem apenas dois meses de idade. Começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife. Em 1944 publicou seu primeiro romance, Perto do coração selvagem.

A literatura brasileira era nesta altura dominada por uma tendência essencialmente regionalista, com personagens contando a difícil realidade social do país na época. Clarice Lispector surpreendeu a crítica com seu romance, quer pela problemática de cariz existencial, completamente inovadora, quer pelo estilo solto elíptico, e fragmentário, reminiscente de Joyce e Virginia Woolf, ainda mais revolucionário.

Hélène Cixous vai ao ponto de dizer que há uma literatura brasileira A.C, (Antes de Lispector) e D.C.

Seu romance mais famoso embora menos característico quer temática quer estilísticamente, é A hora da estrela, o último publicado antes de sua morte. Neste livro a vida de Macabéa, uma nordestina criada no estado Alagoas e vai morar no Rio de Janeiro, e vai morar em uma pensão, tendo sua vida descrita por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M.

No Rio de Janeiro, a imigrante Macabéa não consegue se adaptar ao clima da cidade grande, e tem dificuldade em definir seus próprios valores e os de seu namorado, Olímpico (também nordestino), que tenta subir na vida acima de tudo. (Atenção: spoiler a seguir) No final do livro, Macabéa acaba sendo atropelada por um caminhão , numa cena considerada, na visão do próprio livro, cinematográfica, sendo que daí vem o título do livro (Macabéa viveu irônica e tragicamente seu "momento de estrela"). (Atenção: fim do spoiler).

Escolher seu melhor romance, contudo, é sempre polêmico. A crítica se divide entre A Paixão Segundo G.H. e Água Viva. Faleceu de câncer (cancro) em 1977, um dia antes de seu 57º aniversário. Seu desejo era ser enterrada no Cemitério São João Batista na cidade do Rio de Janeiro. Mas acabou por ser inumada no Cemitério Israelita de Cajú, também no Rio de Janeiro.


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02: Alejandra Pizarnik (Buenos Aires, 29 de abril, 1936 - 25 de septiembre, 1972). Poeta. Hija de emigrantes rusos judíos, estudió filosofía y letras en la Universidad de Buenos Aires, pintura con Juan Batlle Planas y publicó ocho libros; entre ellos se destacan: Árbol de Diana, Los trabajos y las noches, Extracción de la piedra de locura y El infierno musical, así como su trabajo en prosa La Condesa sangrienta.

Antes de su primer viaje a París donde residirá entre 1960 y 1964, Alejandra publica en 1955 ‘La tierra más ajena’, libro del que abjura; en 1956 “La última inocencia” y en 1958 “Las aventuras perdidas”, pero donde sus poemas comienzan a despedir el resplandor absoluto de su presencia es en ‘Árbol de Diana’ (1962). Y decir “presencia” es lo mismo que intentar asomarnos a la multiplicidad de rayos que conformaban su genio poético, rayos iluminados por sus amados Lewis Carroll, Novalis, Baudelaire, de Nerval, Hölderlin, Breton, Trakl, entre tantos otros, y especialmente por Kafka, Rimbaud, Antonin Artaud e Isidore Ducasse autoproclamado Conde de Lautréamont, quien con sus “Cantos de Maldoror” va a marcar definitivamente la estética de Alejandra, sobre todo a partir de “Extracción de la piedra de locura”, publicado en 1968.



Fuente: Wikipedia, por supuesto.